A busca por um futuro mais sustentável passa, inevitavelmente, pela transição energética e a forma como é consumida e gerada a energia. Nesse sentido, o LabTel, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes, organizou uma palestra sobre a temática.
O evento, que foi realizado na última segunda-feira (10) e contou com a participação de estudantes e professores da Ufes, discutiu as direções prioritárias da União Europeia para um desenvolvimento industrial limpo e possíveis estratégias para o Brasil.
Para o pesquisador da Imperial College London, ex-gerente do Europe Innovation Council (EIC) na área de energia e tecnologias verdes e professor na Universidade de Bari, Antônio Marco Pantaleo, o momento foi uma oportunidade para promover a internacionalização e discutir questões globais, como as mudanças climáticas e a emissão de CO2.
Transição energética
Durante o evento, Marco apresentou diversos projetos e lições aprendidas ao longo de sua gerência, entre 2020 e 2024, no EIC.
Além disso, o profissional também abordou desafios na busca por um desenvolvimento industrial limpo, seguro e competitivo.
Entre as questões estavam o armazenamento de energia de média a longa duração e integrado ao sistema, gestão e valorização de CO2 e nitrogênio e tecnologias de resfriamento limpo.
A transição energia global é a mudança do sistema energético mundial para fontes renováveis e sustentáveis.
Atualmente, países como Alemanha, Dinamarca e China têm saído na frente quando o assunto é a adoção de energias renováveis.
Oportunidades de internacionalização
Para Marco, o evento é importante para internacionalizar pesquisas e estreitar os laços entre as comunidades europeias e brasileiras.
“Facilitar a internacionalização e conscientizar sobre as políticas de pesquisa e inovação europeias, das ações implementadas e das prioridades para conseguir uma transição energética”, destacou.
Segundo o professor, os problemas enfrentados são reais e globais e ações conjuntas podem ajudar na caminhada em direção a um futuro mais sustentável.
“Os problemas da mudança climática na emissão de CO2 são globais e por isso é preciso ter uma visão mais ampla possível das entidades dos problemas e das soluções possíveis”, acrescentou.
Já o coordenador do LabTel e professor do PPGEE, Marcelo Segatto, indica que o momento é oportuno para aprender estratégias que já foram colocadas em prática.
“Marco mostrou parte do seu trabalho junto ao Conselho Europeu para a Inovação (EIC) e como é possível internacionalizar a inovação no Espírito Santo em parceria com a comunidade europeia.”
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E no Brasil?
No Brasil, a transição energética está avançando, mas ainda enfrenta desafios.
Em 2023, 49,1% da Oferta Interna de Energia (OIE) veio de fontes renováveis, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Já em 2024, a matriz elétrica brasileira registrou a maior expansão da história, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O Brasil é signatário do Acordo de Paris desde 2015. O documento é um tratado internacional para redução de emissões de gases de efeito estufa.
Projetos desenvolvidos no LabTel, como a Árvore Fotovoltaica e as Usinas do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), em Cariacica, e da Casa do Governador, em Vila Velha, já fazem o uso de fontes renováveis.


Conheça um dos projetos do LabTel sobre energia renovável:
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