A fotônica integrada é o foco de estudo de Pablo há mais de 10 anos no LabTel. Foto: arquivo pessoal
Desde criança, Pablo aspirava ser um cientista. Hoje, ele é professor na Faculdade Multivix, em Vitória, mestre, doutor e pesquisador em fotônica integrada do Labtel na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Engenheiro de formação, ele coordena pesquisas em fotônica integrada e realiza pós-doutorado em Engenharia Elétrica no LabTel. Além disso, pesquisa na área desde o mestrado, também concluído no laboratório.
Ampliou seus estudos a nível nacional e atualmente trabalha em interface com laboratórios de outras universidades do país, como a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Graduação
A escolha pelo curso de Engenharia Elétrica veio no ensino médio técnico. Cursava eletrotécnica com professores da Ufes, isso o estimulava. Mas distante de casa e da realidade que enfrentava, a Ufes era um sonho que parecia inalcançável.
Foi através do Projeto Universidade Para Todos (PUPT), cursinho pré-vestibular focado em alunos de baixa renda de escola públicas do Espírito Santo, que esse sonho virou realidade. Com o apoio dos professores do curso, ele ingressou na universidade em 2010.
A partir dos estudos na matéria de Eletromagnetismo, ofertada no quarto semestre pelo professor Marcelo Segatto, o então graduando passa a fazer parte do LabTel como aluno de iniciação científica em 2012.
O primeiro contato com a pesquisa foi em sistemas embarcados, estudando sensores para subestações, mas logo introduziu-se na área de fotônica, a partir de novas direções do professor Segatto.
Pablo ressalta que o projeto permitia que ele estivesse imerso na universidade e ao mesmo tempo pudesse complementar a renda da família em casa através da bolsa.
Mobilidade acadêmica
No final de 2013, através do Ciências Sem Fronteiras, programa de bolsas de estudo do governo brasileiro, realizou intercâmbio em Auckland, Nova Zelândia.
Narrado por ele como uma experiência incrível, traz para os dias de hoje aprendizados que obteve no país da Oceania, como seguir cronogramas e prazos de maneira precisa, por exemplo.
Marcado pela experiência transformadora a qual ele não acreditava ser possível, nos anos seguintes, ainda realizou outras viagens acadêmicas através da pesquisa.
“O estudo com certeza me abriu várias portas. Para mim, a Ufes não era algo alcançável e através do estudo, consegui estar aqui. Como pesquisador, consegui ir para vários lugares como Nova Zelândia, China e Estados Unidos apresentando meu trabalho ou realizando atividades relacionadas à pesquisa” relata.
Pós Graduação
Depois de finalizar a graduação, enfrentou um momento de dúvida em relação à carreira acadêmica. Ele relata que chegou a aplicar para processo trainee em algumas empresas, mas optou por seguir no mestrado.
A dissertação foi sobre dispositivos fotônicos para arquitetura de redes híbridas. Esse estudo visava mostrar a eficiência dos fótons em reduzir a perda de sinais em sistemas, ao invés da eletrônica convencional.
No doutorado, ele levou a ideia do mestrado para outro patamar. Contou com colaboração da Universidade de Trento, na Itália, no estudo que trouxe chips fotônicos para compensar previamente a perda ou distorção de algum sinal, através das chamadas “redes neurais fotônicas”.
Perguntado sobre desafios, o pós-doutorando menciona o período da pandemia que houve em 2020, nesse ano ele iniciava o doutorado. Neste momento há uma pausa nas pesquisas no laboratório que voltou o foco para uma reforma interna e para contribuir para a sociedade nesse momento delicado, reparando dispositivos hospitalares, por exemplo.
Durante esse tempo, percebeu que não precisaria se limitar e que com a bagagem que formou na academia, poderia também atuar em várias áreas.
Segundo ele, a carreira tem seus desafios, mas ver os resultados e compartilhar isso com outras pessoas é divertido. Esse trabalho confere mais liberdade sobre como, até onde abordar certos assuntos e descobertas além da possibilidade de desbravar os sete continentes com seus resultados.
Mas ele deixa o recado, descansar é importante em meio a tanto esforço. O apoio da esposa e sua atuação num projeto de acessibilidade para pessoas surdas, na igreja em que frequenta, engrandecem sua jornada além do laboratório.
Próximos Passos
Para o futuro, o pós-graduando almeja fazer parte de uma equipe multidisciplinar que represente a fotônica no estado e no Brasil. Pensando nisso, ele visa preparar o laboratório para trabalhar cada vez mais com fotônica integrada, e assim, gerar conhecimento para criar tecnologias de ponta!
“Aquilo que no mestrado e na graduação era só simulação, hoje é possível e viável. Eu quero ver as simulações que eu fiz sendo realizadas! Isso me motiva bastante” explicou Marciano. E os sonhos não param, Pablo almeja fazer parte do corpo docente da Ufes.
Pablo Marciano: conheça a trajetória do pós-doutorando e pesquisador em fotônica integrada do LabTel
Desde criança, Pablo aspirava ser um cientista. Hoje, ele é professor na Faculdade Multivix, em Vitória, mestre, doutor e pesquisador em fotônica integrada do Labtel na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Engenheiro de formação, ele coordena pesquisas em fotônica integrada e realiza pós-doutorado em Engenharia Elétrica no LabTel. Além disso, pesquisa na área desde o mestrado, também concluído no laboratório.
Ampliou seus estudos a nível nacional e atualmente trabalha em interface com laboratórios de outras universidades do país, como a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Graduação
A escolha pelo curso de Engenharia Elétrica veio no ensino médio técnico. Cursava eletrotécnica com professores da Ufes, isso o estimulava. Mas distante de casa e da realidade que enfrentava, a Ufes era um sonho que parecia inalcançável.
Foi através do Projeto Universidade Para Todos (PUPT), cursinho pré-vestibular focado em alunos de baixa renda de escola públicas do Espírito Santo, que esse sonho virou realidade. Com o apoio dos professores do curso, ele ingressou na universidade em 2010.
A partir dos estudos na matéria de Eletromagnetismo, ofertada no quarto semestre pelo professor Marcelo Segatto, o então graduando passa a fazer parte do LabTel como aluno de iniciação científica em 2012.
O primeiro contato com a pesquisa foi em sistemas embarcados, estudando sensores para subestações, mas logo introduziu-se na área de fotônica, a partir de novas direções do professor Segatto.
Pablo ressalta que o projeto permitia que ele estivesse imerso na universidade e ao mesmo tempo pudesse complementar a renda da família em casa através da bolsa.
Mobilidade acadêmica
No final de 2013, através do Ciências Sem Fronteiras, programa de bolsas de estudo do governo brasileiro, realizou intercâmbio em Auckland, Nova Zelândia.
Narrado por ele como uma experiência incrível, traz para os dias de hoje aprendizados que obteve no país da Oceania, como seguir cronogramas e prazos de maneira precisa, por exemplo.
Marcado pela experiência transformadora a qual ele não acreditava ser possível, nos anos seguintes, ainda realizou outras viagens acadêmicas através da pesquisa.
“O estudo com certeza me abriu várias portas. Para mim, a Ufes não era algo alcançável e através do estudo, consegui estar aqui. Como pesquisador, consegui ir para vários lugares como Nova Zelândia, China e Estados Unidos apresentando meu trabalho ou realizando atividades relacionadas à pesquisa” relata.
Pós Graduação
Depois de finalizar a graduação, enfrentou um momento de dúvida em relação à carreira acadêmica. Ele relata que chegou a aplicar para processo trainee em algumas empresas, mas optou por seguir no mestrado.
A dissertação foi sobre dispositivos fotônicos para arquitetura de redes híbridas. Esse estudo visava mostrar a eficiência dos fótons em reduzir a perda de sinais em sistemas, ao invés da eletrônica convencional.
No doutorado, ele levou a ideia do mestrado para outro patamar. Contou com colaboração da Universidade de Trento, na Itália, no estudo que trouxe chips fotônicos para compensar previamente a perda ou distorção de algum sinal, através das chamadas “redes neurais fotônicas”.
Leia mais sobre o Labtel:
Desafios e conquistas
Perguntado sobre desafios, o pós-doutorando menciona o período da pandemia que houve em 2020, nesse ano ele iniciava o doutorado. Neste momento há uma pausa nas pesquisas no laboratório que voltou o foco para uma reforma interna e para contribuir para a sociedade nesse momento delicado, reparando dispositivos hospitalares, por exemplo.
Durante esse tempo, percebeu que não precisaria se limitar e que com a bagagem que formou na academia, poderia também atuar em várias áreas.
Segundo ele, a carreira tem seus desafios, mas ver os resultados e compartilhar isso com outras pessoas é divertido. Esse trabalho confere mais liberdade sobre como, até onde abordar certos assuntos e descobertas além da possibilidade de desbravar os sete continentes com seus resultados.
Mas ele deixa o recado, descansar é importante em meio a tanto esforço. O apoio da esposa e sua atuação num projeto de acessibilidade para pessoas surdas, na igreja em que frequenta, engrandecem sua jornada além do laboratório.
Próximos Passos
Para o futuro, o pós-graduando almeja fazer parte de uma equipe multidisciplinar que represente a fotônica no estado e no Brasil. Pensando nisso, ele visa preparar o laboratório para trabalhar cada vez mais com fotônica integrada, e assim, gerar conhecimento para criar tecnologias de ponta!
“Aquilo que no mestrado e na graduação era só simulação, hoje é possível e viável. Eu quero ver as simulações que eu fiz sendo realizadas! Isso me motiva bastante” explicou Marciano. E os sonhos não param, Pablo almeja fazer parte do corpo docente da Ufes.