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LabTel e CPID instalam tecnologia para estudar beija-flores no Museu Mello Leitão

O LabTel e o CPID vão testar a tecnologia no Museu Mello Leitão, em Santa Teresa. - Foto: LabTel
O LabTel e o CPID vão testar a tecnologia no Museu Mello Leitão, em Santa Teresa. - Foto: LabTel

Pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (LabTel) e do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID) estiveram essa semana no Museu Mello Leitão, em Santa Teresa (ES) para instalar quatro garrafas inteligentes que vão ajudar no monitoramento dos beija-flores da região. Desenvolvida com tecnologia capixaba, os bebedouros permitem que os cientistas reconheçam automaticamente as aves que bebem água no equipamento.

Segundo pesquisadores, nessa etapa do projeto será possível verificar o funcionamento do sistema em campo e avaliar se alguma alteração será necessária. Essa será a primeira vez que os equipamentos estarão instalados de forma definitiva e operante no local.

Segundo Weliton Marques, mestrando e pesquisador no LabTel, “na primeira vez que trouxemos o protótipo ele não era funcional, nós trouxemos somente o encapsulamento para saber se os beija-flores iriam aceitar o bebedouro novo, desta vez trouxemos a versão mais atualizada que temos com todo o circuito eletrônico montado”.

Projeto em campo

O bebedouro consegue identificar informações de temperatura, pressão e umidade do local onde o beija-flor se alimentou, a partir de sensores e transmitir esses dados através da internet.

Segundo os pesquisadores, foi realizada a instalação do Gateway LoRa (o equipamento responsável por receber os dados dos bebedouros e enviar para internet) e 4 bebedouros inteligentes.

Dessa vez, as garrafas e o sistema de comunicação de dados estão em funcionamento completo, nos próximos passos, pretende-se realizar a captura das aves para inserção de chips para monitoramento.

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Garrafa inteligente

As informações coletadas ajudam pesquisadores a entender melhor o comportamento das aves e as condições do ecossistema num local com estrutura adequada, mas sem comprometer o modo de vida dos pássaros e o habitat natural.

A tecnologia utilizada, chamada de Internet das Coisas (IoT), integra dispositivos por uma rede sem fio e permite que objetos e pessoas se comuniquem e interajam entre si. A funcionalidade é similar à usada em pagamentos com cartões por aproximação.

Diferente de hoje, que o monitoramento das aves é feito por observação, o processo une ecologia e engenharia no propósito de modernizar e avançar com pesquisas em ambas as áreas.

Realizada pelo Laboratório de Telecomunicações em parceria com o Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, a pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Instituto Mata Atlântica.

Mello Leitão

O Museu, que é o segundo ponto turístico mais visitado do estado, representa um dos maiores polos de educação ambiental do Espírito Santo e está localizado dentro das instalações do Instituto Nacional da Mata Atlântica – INMA.

Protagonista na área de preservação da Mata Atlântica e preservação da biodiversidade; o local possui uma vasta coleção de beija-flores taxidermizados, com 1.700 exemplares e abriga pesquisas na área.

A instalação vai modernizar o processo de observação das aves. - Foto: LabTel
A instalação vai modernizar o processo de observação das aves. – Foto: LabTel
A garrafa identifica a temperatura, pressão e umidade do local onde o beija-flor se alimentou. - Foto: LabTel
A garrafa identifica a temperatura, pressão e umidade do local onde o beija-flor se alimentou. – Foto: LabTel

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