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O sensor tem baixo custo quando comparado a outros dispositivos no mercado. Foto: Reprodução/LabTel.
Um dispositivo desenvolvido no Laboratório de Telecomunicações da Ufes (LabTel), em parceria com o Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, promete inovar o diagnóstico de doenças cardíacas. O POFWave, detecta a onda do pulso cardíaco, a velocidade e os batimentos cardíacos do paciente, e a partir disso, avalia os riscos de doenças cardiovasculares.
Por se tratar de um aparelho de fácil manuseio, será possível realizar o autoexame, descartando a necessidade de intervenções clínicas. A partir da medição da pressão em dois pontos distintos do paciente, é possível obter o atraso no batimento, evidenciando a presença de uma rigidez arterial. Esta, por sua vez, é um indicador do risco de acidente Vascular Cerebral (AVC) ou de infartos.
O sensor possui fibras ópticas poliméricas, que permitem uma imunidade contra interferências eletromagnéticas e maior velocidade na operação do sistema. Ou seja, será possível a aferição do pulso durante o exame de ressonância magnética, ao contrário dos aparelhos já existentes no mercado.
Além disso, o sensor é de baixo custo, tendo sua parte mecânica toda impressa em impressora 3D no Laboratório.
“Quando aplicamos o sensor em contato com a pele do paciente, a pulsação causa uma variação de potência na luz refletida para os sensores, sendo possível detectar a onda cardíaca. A avaliação da velocidade desse pulso tem papel importante no diagnóstico do envelhecimento arterial, atuando como fator preventivo de complicações mais sérias”, explica o estudante do Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes (PPGEE) e responsável pelo projeto, Weliton Marques.
Nos primeiros testes, que ocorreram com uma simulação dos batimentos cardíacos e pulso arterial, o dispositivo conseguiu obter os dados em diferentes distâncias, velocidades e valores de pressão.
“Após a validação dessa bateria de testes em bancada, o sensor irá passar por novas avaliações, desta vez em pessoas. Assim, vamos comparar o sensor desenvolvido com os outros dispositivos do mercado para atestar sua funcionalidade”, declara Marques.
A pesquisa é fruto da parceria entre o LabTel (Ufes), o Centro de Pesquisa Inovação e Desenvolvimento do Espírito Santo (CPID) e o Laboratório i3N da Universidade de Aveiro em Portugal. O projeto também conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT
Figura esquemática: Modelo 3D da ponta de prova do sensor prpoposto e suas dimensões. Foto: Reprodução.
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