A intersecção entre os campos da fotônica e da cibersegurança revoluciona tecnologias de segurança digital. - Foto: DC Studio/Freepik
Vivemos em um mundo digital repleto de funcionalidades e amplamente utilizado em diversas instâncias, onde a fotônica e a cibersegurança ganham cada vez mais importância. Logo, as redes viram um prato cheio para ataques cibernéticos. Cada foto que você envia, cada pagamento que você faz e cada login que entra, deixa um rastro digital que se transforma em algo muito valioso para os cibercriminosos.
As redes, que se propunham a ser um caminho para informação, viram território para ataques cada vez mais sofisticados e você está nela. Mas existe uma virada de jogo ocorrendo e ela vem da luz, é a fotônica.
Sim, essa mesma luz que ilumina diversos cenários, agora é usada para proteger nossos dados online. A internet hoje funciona com uma lógica de “permuta”. As plataformas oferecem serviços gratuitos, mas as informações pessoais e traços digitais são transformados em dados, ou melhor, mercadorias.
Quanta falta de segurança com esses dados, usuários são expostos e ficam a mercê daqueles que buscam cometer atividades criminosas como fraudes financeiras, golpes e roubos de identidade.
E aí que vem o choque de realidade: sua senha pode estar em risco! Recentemente o Cybernews divulgou o que foi chamado de maior vazamento de dados da história, que expôs mais de 16 bilhões de senhas e credenciais de login de contas da Google, Meta, Apple, Telegram, GitHub e serviços governamentais.
Esse cenário evidencia algo muito essencial: as ameaças digitais estão aumentando, enquanto formas de proteção não conseguiram acompanhar o mesmo ritmo.
Mas se por um lado os sistemas tradicionais de criptografia, baseados em cálculos matemáticos, mostram limites, o uso da inteligência artificial e fotônica, principalmente com computadores quânticos, se mostra muito promissor.
Luz e segurança
A fotônica é o campo da ciência que se dedica a estudos de como gerar, controlar e detectar a luz. Enquanto a eletrônica usa elétrons para transmitir dados, a fotônica usa fótons.
Isso traz diversas vantagens importantes para todo esse processo. Além da velocidade de transferência de informações ser maior, ela sofre menos interferência e tem uma maior precisão. Tudo que você precisa na hora de usar a internet, concorda?
Para “espionar” um sinal óptico, é preciso quebrar ou alterar a fibra, e isso pode deixar rastros bem claros. Em sistemas quânticos, por exemplo, uma tentativa de invasão vai mudar a forma como os fótons se comportam. Assim, o invasor pode ser identificado bem mais facilmente do que sistemas convencionais.
E o mundo inteiro já entendeu a importância da fotônica. Não faltam exemplos práticos de como companhias estão usando essa tecnologia para revolucionar a segurança no mundo digital.
A Quantum Key Distribution (QKD), também conhecida como Criptografia Quântica, é uma dessas apostas. O método usa fótons para enviar chaves criptográficas e quando um espião entra na rede, o caminho é alterado e o ataque é denunciado em segundos. Logo, esse sistema não depende apenas de matemática, como modelos de criptografia convencionais, ele usa leis da física: se o fóton altera, alguém está bisbilhotando!
EuroQCI
A União Europeia também aderiu à fotônica para aumentar a sua cibersegurança. O bloco político e econômico está construindo a Euro Quantum Communication Infrastructure, uma rede continental baseada em QKD e fotônica para proteger bancos centrais, governos, sistemas de energia e outros dados. Além de usar QKD, parte da rede vai ser construída com cabos de fibra óptica já existentes. Eles serão adaptados para suportar os requisitos quânticos e vão trazer mais proteção, soberania digital e segurança.
Criptografia quântica no Brasil
O Brasil também não quer ficar para trás e está se adaptando às mudanças no digital. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Em Telecomunicações (CPQD), em Campinas, tem iniciativas com experimentos de transmissão quântica via fibra óptica, distribuição de chaves fotônicas e segurança via comunicação óptica. Além disso, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) também já testou QKD em rotas que conectam universidades e centros de pesquisa.
Por que isso importa pra você?
Mesmo que muitos desses projetos ainda estejam em fases iniciais, o recado é claro: a corrida global pela segurança quântica já é uma realidade.
E é aqui que a fotônica deixa de ser apenas um campo de estudo e passa a fazer parte do seu dia a dia.
Você até pode decodificar uma senha, hackear um servidor e invadir um sistema, mas quanto os princípios do fóton estão em jogo, é muito difícil passar despercebido.
A fotônica não é só o futuro da cibersegurança, ela é uma nova camada que protege tudo o que fazemos. Isso mostra que essa tecnologia é aplicada em segurança geral e pode vigiar perímetros, infraestrutura e cadeias de suprimentos.
No fim das contas, não se trata apenas de uma tecnologia. Se trata de proteger o seu negócio, seus dados e tudo aquilo que você constrói diariamente no mundo digital.
Fotônica está presente na criptografia quântica, método de cibersegurança com potencial de ser o mais seguro inventado. – Foto: Rawpixel/Freepik
A luz vai proteger seus dados: entenda como a fotônica evoluiu a cibersegurança
Vivemos em um mundo digital repleto de funcionalidades e amplamente utilizado em diversas instâncias, onde a fotônica e a cibersegurança ganham cada vez mais importância. Logo, as redes viram um prato cheio para ataques cibernéticos. Cada foto que você envia, cada pagamento que você faz e cada login que entra, deixa um rastro digital que se transforma em algo muito valioso para os cibercriminosos.
As redes, que se propunham a ser um caminho para informação, viram território para ataques cada vez mais sofisticados e você está nela. Mas existe uma virada de jogo ocorrendo e ela vem da luz, é a fotônica.
Sim, essa mesma luz que ilumina diversos cenários, agora é usada para proteger nossos dados online. A internet hoje funciona com uma lógica de “permuta”. As plataformas oferecem serviços gratuitos, mas as informações pessoais e traços digitais são transformados em dados, ou melhor, mercadorias.
Quanta falta de segurança com esses dados, usuários são expostos e ficam a mercê daqueles que buscam cometer atividades criminosas como fraudes financeiras, golpes e roubos de identidade.
E aí que vem o choque de realidade: sua senha pode estar em risco! Recentemente o Cybernews divulgou o que foi chamado de maior vazamento de dados da história, que expôs mais de 16 bilhões de senhas e credenciais de login de contas da Google, Meta, Apple, Telegram, GitHub e serviços governamentais.
Esse cenário evidencia algo muito essencial: as ameaças digitais estão aumentando, enquanto formas de proteção não conseguiram acompanhar o mesmo ritmo.
Mas se por um lado os sistemas tradicionais de criptografia, baseados em cálculos matemáticos, mostram limites, o uso da inteligência artificial e fotônica, principalmente com computadores quânticos, se mostra muito promissor.
Luz e segurança
A fotônica é o campo da ciência que se dedica a estudos de como gerar, controlar e detectar a luz. Enquanto a eletrônica usa elétrons para transmitir dados, a fotônica usa fótons.
Isso traz diversas vantagens importantes para todo esse processo. Além da velocidade de transferência de informações ser maior, ela sofre menos interferência e tem uma maior precisão. Tudo que você precisa na hora de usar a internet, concorda?
Para “espionar” um sinal óptico, é preciso quebrar ou alterar a fibra, e isso pode deixar rastros bem claros. Em sistemas quânticos, por exemplo, uma tentativa de invasão vai mudar a forma como os fótons se comportam. Assim, o invasor pode ser identificado bem mais facilmente do que sistemas convencionais.
Leia mais sobre o LabTel:
A transição energética é um dos eixos da Agenda de Ação da COP 30 e a fotônica tem papel fundamental nisso; entenda!
O poder da cura está na luz: a revolução da fotônica na medicina
Como a tecnologia da fotônica mudou o jeito que você consome streaming?
Cibersegurança e fotônica na prática
E o mundo inteiro já entendeu a importância da fotônica. Não faltam exemplos práticos de como companhias estão usando essa tecnologia para revolucionar a segurança no mundo digital.
A Quantum Key Distribution (QKD), também conhecida como Criptografia Quântica, é uma dessas apostas. O método usa fótons para enviar chaves criptográficas e quando um espião entra na rede, o caminho é alterado e o ataque é denunciado em segundos. Logo, esse sistema não depende apenas de matemática, como modelos de criptografia convencionais, ele usa leis da física: se o fóton altera, alguém está bisbilhotando!
EuroQCI
A União Europeia também aderiu à fotônica para aumentar a sua cibersegurança. O bloco político e econômico está construindo a Euro Quantum Communication Infrastructure, uma rede continental baseada em QKD e fotônica para proteger bancos centrais, governos, sistemas de energia e outros dados. Além de usar QKD, parte da rede vai ser construída com cabos de fibra óptica já existentes. Eles serão adaptados para suportar os requisitos quânticos e vão trazer mais proteção, soberania digital e segurança.
Criptografia quântica no Brasil
O Brasil também não quer ficar para trás e está se adaptando às mudanças no digital. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Em Telecomunicações (CPQD), em Campinas, tem iniciativas com experimentos de transmissão quântica via fibra óptica, distribuição de chaves fotônicas e segurança via comunicação óptica. Além disso, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) também já testou QKD em rotas que conectam universidades e centros de pesquisa.
Por que isso importa pra você?
Mesmo que muitos desses projetos ainda estejam em fases iniciais, o recado é claro: a corrida global pela segurança quântica já é uma realidade.
E é aqui que a fotônica deixa de ser apenas um campo de estudo e passa a fazer parte do seu dia a dia.
Você até pode decodificar uma senha, hackear um servidor e invadir um sistema, mas quanto os princípios do fóton estão em jogo, é muito difícil passar despercebido.
A fotônica não é só o futuro da cibersegurança, ela é uma nova camada que protege tudo o que fazemos. Isso mostra que essa tecnologia é aplicada em segurança geral e pode vigiar perímetros, infraestrutura e cadeias de suprimentos.
No fim das contas, não se trata apenas de uma tecnologia. Se trata de proteger o seu negócio, seus dados e tudo aquilo que você constrói diariamente no mundo digital.